Apesar do ambiente frio e chuvoso realizou-se este domingo, no Jardim dos Professores, o último dia da Feira do Livro de Maputo 2010.
Centenas de pessoas participaram neste evento cultural organizado pelo grupo Culturando, entre eles, escritores nacionais e internacionais, artistas, apreciadores, num ambiente em que não faltou muita música, poesia, gastronomia, histórias, entre outros.
Num gesto de balanço, o professor Calane da Silva, um dos organizadores do evento, afirmou que, “apesar do tempo não ter ajudado o evento foi extraordinário, ultrapassou as nossas expectativas, tanto em termo de vendas, visitas e, acima de tudo, conseguimos fazer com que toda feira houvesse actividades culturais como, poesia, conversa com os escritores, assinatura de autógrafos, música, entre outros”.
De entre várias actividades culturais que se fizeram presentes, o destaque foi para a conversa com as escritoras e médicas que traduziram o livro “Onde Não há Médico”, da Kapicua Editores, um livro onde cada pessoa pode, através dele, saber mais sobre doenças e como agir a determinados sintomas e a música ao vivo interpretado pelo grupo feminino Likute.
Likute surgiu em Setembro de 2007, destacam-se por ser um grupo composto por quatro artistas femininas, polivalente, onde o convencional e o tradicional andam de mãos dadas.
“O grupo surgiu da necessidade que cada uma de nós tinha em criar uma banda e, em 2007 resolvemos nos juntar e criar o Likute, nome de um pequeno tambor sempre presente na dança tradicional Mapiku, originária de Cabo Delgado. O que mais identifica os Likute, é a fusão do convencional, ou seja, a presença do piano, da guitarra e do “base” e a música tradicional moçambicana com incidência para o batuque”, explica Miloze, pianista e baixista do grupo.
Nesta primeira edição da Feira do Livro de Maputo, estiveram expostos um total de 16 editoras, entre elas a editora espanhola, AECID, a Mabuku, Franco-Moçambicano, Texto Editores, Kapicua, etc. E, para o ano, vai se realizar a segunda edição da feira. “Depois deste sucesso alcançado, esperamos poder contar com a participação de mais autores, mais público e, principalmente com mais intervenção por parte do Conselho Municipal”, conclui professor Calane.
Sílvia Panguane
Sapo MZ